A semana de alta-costura rolou em Julho, mas eu amo esperar e ver os vestidos deslumbrantes retratados em editoriais. Algumas versões das criações lindas da dupla por trás da Valentino, na Vogue Itália.
Vale ressaltar que o veludo volta cada vez mais forte na moda festa:
Acessórios complementando perfeitamente. Styling impecável:
Com mood dark e recortes:
O lado negro perde o apelo romântico gótico dos looks acima e se volta para alfaiataria nas lentes de Nathaniel Goldberg para Numero.
Glamour na risca de giz da Givenchy:
Decotes profundos equilibram e emprestam sex-appeal:
Androginia na medida:
Esta temporada marcou o retorno da Saint Laurent à alta-costura, sem desfiles. Hedi Slimane optou por ressuscitar a etiqueta “Yves Saint Laurent” apenas sob encomenda para clientes selecionados:
As fotos foram realizadas na icônica sede da YSL na Rue de l´université, recentemente resgatada por Hedi. Com sucesso comercial inegável, Slimane mostra sua maestria e pensamento estratégico ao orquestrar cuidadosamente cada passo para a Saint Laurent sob seu comando. Quem ainda não leu, esta entrevista do diretor criativo é uma verdadeira aula de branding, clica para conferir,
Raf Simons continua a encantar com sua direção na Dior. Fugindo do soturno, optou por looks com inspirações florais pouco óbvias e o toque artsy que é sua marca registrada desde os tempos de Jil Sander.
Entregando vestidos luminosos e lindamente femininos:
Meus favoritos foram os com as laterais abertas:
Programa obrigatório para qualquer apaixonado pelo mundo da moda ou com interesse em mercado de luxo, o doc “Dior & I” registra a entrada de Simons na Dior e o emocionante processo de criação da primeira coleção de couture assinada por ele na maison. Documentário imperdível, dirigido por Frédéric Tcheng (diretor do magnífico “Diana Vreelamd- The eye has to travel”, já dei a dica aqui, assistam please):
Explicando a Alta-costura: A alta-costura é o topo da moda. O nome é protegido e só podem desfilar nesta semana os membros da”Chambre de commerce et d´industrie de Paris”. Os desfiles que são verdadeiros shows, movimentam milhões para as marcas de luxo, não vendendo as peças apresentadas (apenas 2.000.00 mulheres no mundo tem acesso à alta-costura, e somente 200 são clientes regulares), mas pela publicidade gerada em razão das celebridades nas primeiras filas e, principalmente pelas roupas impecáveis. A alta-costura vende o conceito da marca, os melhores tecidos possíveis, bordados inimagináveis, tudo feito em perfeição e maestria. As peças são todas feitas sob-medida para a cliente que geralmente precisa fazer 3 provas de roupa até recebê-la. Os perfumes, maquiagens, acessórios como bolsas e sapatos que sustentam financeiramente estas grandes marcas, mas a “Couture” sustenta o sonho.
Fotos: Reprodução.