O mês da moda chegou ao fim hoje em Paris, e já que demorei para trazer o resumo de Londres e Milão, optei por juntar as duas cidades e mostrar para vocês os meus favoritos de uma vez só.
Em Londres, azul petróleo e referências folk ganharam força, veludo molhado também aparece como protagonista , assim como na NYFW. Xadrez em variadas versões, geométricos e florais soturnos complementam o mood boêmio chic.
Anos 70 voltaram para ficar um tempo, pelo menos Christopher Bailey na Burberry Prorsum acredita nisso. Os icônicos trench coats vieram em versão camurça e com detalhes franjados, capas e ponchos completam o figurino que parece ter saído direto de alguma banda folk . Botas estampadas surgiram no pre-fall da Valentino e da Pucci e agora ganham ainda mais destaque devido à Burberry. Para ficar de olho!
Antonio Berardi teve um desfile irregular, boas tentativas de hi-lo misturando barroco com esportivo. Toques orientais e referências origami complementaram. Legal se inspirar na mistura de peças de alta festa combinadas com outras sporty:
Lucas Nascimento representou muito bem o Brasil. Definitivamente indo além da sua marca registrada, o tricô, ele apresentou uma coleção confiante e com ótimo styling. Adorei as peças em couro marrom:
Mary Katrantzou me remeteu à Prada nos melhores momentos do desfile, certo glamour intelectual e old school, cartela de cores discretas e muitas texturas interessantes
Mulberry cada vez mais tem me feito pensar na garota da “Chloé” com sua nonchalance nostálgica e minimalista, mas com forte apelo britânico. Deu para observar a volta do sapato combinado com bolsa, presente em Milão e em Londres:
Simone Rocha com um folclórico sombrio, cartela de cores reduzida à preto, off white e vermelho e uso de matérias brocados e veludo molhado. Atmosférico e cool:
Thomas Tait Ganhou lugar aqui exclusivamente pelas jaquetas oversized, com referência anos 80, achei a coleção inteira incrível. Nome para guardar:
Topshop Unique optou pelo simples, mas me ganhou nos looks anos 70, um pouco disco e um pouco folk. O blazer bordado da primeiro foto certamente será best-seller:
Roxo e tons de pedras preciosas chamaram atenção em Milão, alfaiataria e um guarda-roupa pensado para mulher contemporânea, com ótimos separates e looks com calça foram destaque. Uma moda prática, utilitária e adulta.
Karl Lagerfeld realizou meu desfile favorito da semana milanesa na Fendi. Tons terrosos, muito couro e comprimentos mais curtos com influência 60´s:
A cartela de cores da Bally e as ótimas referências de styling para ambiente profissional:
Em sua derradeira coleção para Pucci, Peter Dundas urbanizou ainda mais a mulher sexy da marca. A década de 70 continua sendo ponto de partida, mas o esporte avança nas peças em influência discreta.
Etro e o multiculturalismo com requinte, a cartela de tons neutros complementada por bronze e dourado foi minha favorita:
Salvatore Ferragamo impossivelmente chique: Comprimentos midi, ombros bem estruturados e cintura marcada:
Já já eu volto para comentar Paris.
Fotos: Reprodução.