Segue o baile chegando na segunda parada da temporada internacional: Londres. Para quem não conferiu, logo abaixo dessa postagem tem os meus favoritos da NYFW.
Assim como na semana nova-iorquina, a cartela de cores também priorizou o azul e suas variações, o fuchsia e tons cítricos em especial amarelo e laranja. Entre os neutros, preto, camelo e cinza foram os eleitos. Ao contrário do cetim e tecidos de acabamento brilhoso de NY, na Inglaterra o veludo molhado recebeu mais atenção, assim como paetês.
As estampas já se tornaram especialidade da nova safra de designers londrinos, para o Inverno florais e abstratos surgiram com frequênia. Como mostraram Peter Pilotto, Michael Van Der Ham, Marques Almeida e Erdem:
As bolsas de Anya Hindmarch são hit há muitos anos na Inglaterra, Sienna Miller usa direto assim como Olivia Palermo, em seu desfile de acessórios me apaixonei pelos modelos listrados com tassels oversized. Observem os tons cítricos quebrando a cartela de neutros:
A gaúcha Barbara Casasola continua se firmando como um grande nome para observar. Sua proposta para o Inverno 2014 é fiel ao estilo austero e sofisticado de suas coleções passadas, mas ganha detalhes mais interessantes como a cartela de cores e styling impecável. Uma mulher elegante e com toques de sensualidade:
Simone Rocha já ganhou post aqui no site “Nome para guardar- Simone Rocha” e cada vez mais confirma seu status de promessa da moda. Volumes estratégicos, um certo ar couture misturado com o street que ela faz tão bem, adorei as peças em estampa de cobra e os looks pretos texturizados. Reparem novamente no styling com vestidos lady-like combinados com sapatos masculinos:
David Koma, mais um talento direto da Saint Martins, acaba de assumir como diretor criativo da Thierry Mugler. A veia 80´s pode ser identificada também em uma certa influência aos vestidos estruturados e mega femininos de Azzedine Alaia:
Seguindo na mesma linha, Antonio Berardi cria para uma mulher autoconfiante. Os sapatos feitos por Rupert Sanderson também chamaram atenção e emprestaram um ar fetiche às composições:
A mulher cool e nada óbvia da Joseph:
Adoro a acessibilidade da Unique, marca premium da Topshop, as peças são apresentadas com styling bem “vida real” e traduzem diretamente os conceitos que vão permear a estação. Fiquei encantada com as botas acima do joelho em camurça (pelo visto serão os modelos mais relevantes do próximo Inverno):
Meus favoritos foram os vestidos de Mary Katrantzou, que abriu mão da estamparia digital para investir em uma certa influência folclórica e em um trabalho primoroso:
O desfile da Burberry Prorsum é sempre o mais prestigiado. Os acessórios e lenços com aspectos de pintados à mão, artsy e bohemian ao mesmo tempo, criaram uma imagem romântica. O mix de texturas também foi primoroso:
Mas comercialmente, a grande sacada da marca foi apostar nas mantas, pesadas e em cartela de cores outonais, que fecharam o desfile. Elas poderão ser customizadas e despertaram desejo imediato. Vale lembrar que com a democratização da moda, cada vez mais o exclusivo ganha espaço e a customização tem sido uma arma poderosa para manter o interesse dos clientes.
E Milão já começou, no finde eu volto para dividir com vocês o melhor da temporada Italiana.
Fotos: Vogue.com.